Confesso que foram poucos os dias em que não me lembrei.
Confesso que tenho arrependimentos, algumas marcas e outras tantas recordações — que não são nem menos nem mais que as outras tantas recordações da estante da minha memória, “mas que são minhas e de você também”...
Ah, Dindi... Se soubesse o bem que eu te quero, me leva contigo pra Borda do Mato, pra Ibitipoca, Araçatuba, Caraguatatuba, jujuba e pudim de leite, ou pra Xerém. Me leva na Toyota Bandeirante, com o Igor de carona, cesta de piquenique, brincar de esconde-esconde eu não quero mais, tá com você, mamãe posso ir? Quantos passos?
Não comi alcachofra, nem peguei o avião. Eu, por mim, deitava no colo pra ouvir parede, contar fio de cobertor e cutucar unha do pé depois de ser espontânea. Eu, por mim, corria atrás de perdizes até gastar a lapa dos sapatos e rezava pra Santa Cecília me dar uma bela vista do futuro
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