Tens, Acima de tudo, charme.
Uma personalidade incandescente
incêndio de cais do porto
lucipotente
despertando a cidade à meia-noite.
Sorri, acorda a manhã...
Carinho e parcimônia
pré-dispostos em polidez pontiaguda.
Olhos de sombra altimurados
explodem acidez
e sangram a minha nostalgia.
Cai o pano e estás comigo.
Desperto, quase lúcida,
desse sonho, sonho mesmo
que teu bom-dia é fio terra
eletrochoque.
Energia que é cósmica
e que terrena
espero que ao meu lado amiga esteja,
companhia sincera para quem almeja.
No futuro serás livro,
farás parte do contexto
e espero que compreendas o exagero do artista
de viagem imaginária
e que ainda assim amigo,
permaneças encantado...
mais e mais e sempre
charme.
Porque...
Não fosse raio, terremoto.
Um processo de consciência
súbita de tua recendência
no abismo da incompreensão
do medo de tua leitura.
Ansiosa de tua sombra,
impactada de ciúme,
permaneço indignada,
obscura, encolhida,
medo de novo.
Que não tenha tantos metros,
mas o gosto é o mesmo sempre,
de café passado na hora
com broa que acabou de sair do forno.
(Encarar a plenitude de um olhar e sustentá-lo além da solidão.)
Espero que não faças dele motivo para alarde,
nem que te afastes temendo que já seja muito tarde,
e que continues nascente que estás sendo,
esbanjando teu império,
espargindo elação,
e que saibas distinguir
teu real do meu imaginário
na certeza de sucumbir ao charme.
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